quarta-feira, 9 de setembro de 2020

refulgir

 


reflexos tantos que somos. reflexos dum tempo louco. gritos roucos. íntimos. soltos. o que vive no inconsciente, será tão indecente? inocente? o que não se quer ver, nem sentir, é o que nos move para além do devir. pra se libertar, se refundir. refulgir, sob sombras nascidas nas dúvidas. ressurgir, nas brumas sopradas pelo vento. fomentar, no sangue vertido pelos inocentes. recriar o mundo no repasto da humildade. espectros vagam na antesala da vigília. desejos acomodam a poeira no perfume dos sonhos bons. a noite é branda e também tormenta. a humanidade é imensa, embora tão displiscente. reflexos voam pela senda da senda da memória. agora me lembro: convidei a audrey pra jantar. por um momento me esqueço: ela é uma fotografia. que seja, o delírio é meu.

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