terça-feira, 11 de setembro de 2012

Plenilúnio




as primeiras letras
as primeiras palavras
as primeiras ideias

pensamento

e então
num sopro do vento
sou dono de mim

movimento

num repente
instante ausente
do vácuo me faço presente

sentimento

pressinto o passado
vivo o presente
hoje e sempre

vivente

refaço o espaço
tão amplo, tão raso
recordo o regaço

imemorial

de tantas vidas
inaugural
e tão real

universal

e na cena casual
revivo em alguém que vi de passagem
um igual

astral

numa cidade casual
estrangeira
brasileira

mundial

toda humanidade
vibra e canta
em minha verdade

essência

crianças a sorrir
velhos a sentir
mulheres a reluzir

almas

rios incessantes
luares brilhantes
vidas pulsantes

plenilúnio