Réquiem para um ser humano
Homem do povo
Invisível suburbano
Tão somente vil, estorvo
A pele negra
Tez escura
A morte como regra
Nesta rua tão dura
Escravo eterno
Estatística contraditória
Em teu íntimo inferno
Pós-moderna palmatória
Tiro certeiro
Na testa
Preto cordeiro
Fim de festa
Tua lembrança
Vive em mim
Tua voz, esperança
Também sou eu, sim!
17/09/2016 - para Amarildo e todos os negros mortos sem razão nem coração nas periferias do Brasil