(A wind-beaten tree - Vincent Van Gogh - 1883)
Ela
A ventania diz tanto
com tão pouco...
Como pode caber tanto
dentro dessas entrelinhas
do respiro de silêncio
que há entre elas?
Abraços
são deleites
que em palavras não sei dizer...
Só sei sentir.
O poder
dos pequenos espaços
silenciosos
que há em seus versos.
Ele
Tão bom é
só sabe sentir...
Qualidade tão bela
e rara,
minha cara.
Galeano é o cara
ave-rara
de ideias tão belas
e claras
a desnudar tal elite ignara...
Mas atenta:
a vida acontece nas entrelinhas
dos acontecimentos
momentos
tecida nas frestas insinuadas
em sonhos
e anseios
nos essenciais sentimentos
e revolteios
da alma
em seus primordiais ecos
e silêncios
levada pelo sopro dos ventos.
Ela
"A vida acontece nas entrelinhas!"
Nas frestas...
No silenciar
ao revés do atacar
e, sobretudo,
na capacidade de escutar
os ecos
vindos do silêncio.
Ele
O silenciar
ao invés de atacar
nos fará pulsar,
integrar...
Não segregar e açoitar.
Nas frestas do desconhecido
(re) surgem paisagens,
eternos destinos...
"Escutar os ecos vindos do silêncio”!
E que deles renasça a prosa
a brisa
sob a luz do luar
ou o encanto solar.
(Poema em parceria com a querida amiga Paula Sicchierolli, inspirado pela inspirada poesia do escritor uruguaio Eduardo Galeano)
A ventania
Assovia o vento dentro de mim.
Estou despido.
Dono de nada, dono de ninguém, nem mesmo dono de minhas certezas, sou minha cara contra o vento, a contra-vento, sou o vento que bate em minha cara."
Eduardo Galeano (O Livro dos Abraços).
Ela
A ventania diz tanto
com tão pouco...
Como pode caber tanto
dentro dessas entrelinhas
do respiro de silêncio
que há entre elas?
Abraços
são deleites
que em palavras não sei dizer...
Só sei sentir.
O poder
dos pequenos espaços
silenciosos
que há em seus versos.
Ele
Tão bom é
só sabe sentir...
Qualidade tão bela
e rara,
minha cara.
Galeano é o cara
ave-rara
de ideias tão belas
e claras
a desnudar tal elite ignara...
Mas atenta:
a vida acontece nas entrelinhas
dos acontecimentos
momentos
tecida nas frestas insinuadas
em sonhos
e anseios
nos essenciais sentimentos
e revolteios
da alma
em seus primordiais ecos
e silêncios
levada pelo sopro dos ventos.
Ela
"A vida acontece nas entrelinhas!"
Nas frestas...
No silenciar
ao revés do atacar
e, sobretudo,
na capacidade de escutar
os ecos
vindos do silêncio.
Ele
O silenciar
ao invés de atacar
nos fará pulsar,
integrar...
Não segregar e açoitar.
Nas frestas do desconhecido
(re) surgem paisagens,
eternos destinos...
"Escutar os ecos vindos do silêncio”!
E que deles renasça a prosa
a brisa
sob a luz do luar
ou o encanto solar.
(Poema em parceria com a querida amiga Paula Sicchierolli, inspirado pela inspirada poesia do escritor uruguaio Eduardo Galeano)