terça-feira, 25 de outubro de 2016

Réquiem para um ser humano



Réquiem para um ser humano
Homem do povo
Invisível suburbano
Tão somente vil, estorvo

A pele negra
Tez escura
A morte como regra
Nesta rua tão dura

Escravo eterno
Estatística contraditória
Em teu íntimo inferno
Pós-moderna palmatória

Tiro certeiro
Na testa
Preto cordeiro
Fim de festa

Tua lembrança
Vive em mim
Tua voz, esperança
Também sou eu, sim!

17/09/2016 - para Amarildo e todos os negros mortos sem razão nem coração nas periferias do Brasil



Um comentário:

  1. A pele entrega
    a origem irrisória
    a margem como regra
    Triste trajetória

    Minha esperança
    Perto do fim
    Tuas lembranças
    Gravadas em mim

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