sexta-feira, 26 de novembro de 2010

limiar

na corda bamba
caminha o bêbado equilibrista
corpo suspenso no ar
...
resvala o céu
apruma o senso
balança ao vento
...
sobre o imenso penhasco, seu corpo pende
quase sente as escarpas
rasgarem-lhe as entranhas
...
numa fração de segundos
todos os rostos
e paisagens
e sentimentos
e caminhos
voltam ao seu espírito
...
e quando tudo parece perdido
num suspiro
ele se mantém à queda
...
bate as asas e voa
ao encontro
da Lua bela

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